Como funciona a Tireóide?
O que é HIPOTIREOIDISMO?
A quantidade de hormônios tireoidianos que devem ser produzidos pela tireóide é controlada por uma outra glândula que se encontra no cérebro, a hipófise que, por sua vez, é controlada pelo hipotálamo. À medida que a concentração dos hormônios tireoidianos é reduzida no sangue o organismo funciona mais lentamente e esta condição é caracterizada pelo hipotireoidismo
O hipotireoidismo é muito comum mas é difícil estimar o número de pacientes com essa doença, pois muitas pessoas têm e não sabem. Pesquisas revelam que cerca de 5 milhões de brasileiros têm hipotireoidismo, a grande maioria ainda não diagnosticada.
Quem tem mais chance de desenvolver hipotireoidismo?
- Mulheres, especialmente acima dos 40 anos;
- Homens acima dos 65 anos;
- Pessoas com colesterol alto;
- Pessoas que já tiveram doenças de tireóide anteriormente;
- Pessoas com história familiar de doenças auto-imunes (tireoidite de Hashimoto);
- Pessoas que apresentem outras doenças auto-imunes como: Diabetes tipo I, Lúpus e Artrite Reumatóide;
- Pessoas tratadas anteriormente de hipertireoidismo;
- Pessoas que estiveram em tratamento de radioterapia de cabeça e pescoço;
- Pessoas com depressão e/ou doença do pânico.
Principais Causas do Hipotireoidismo:
- A falta de formação da glândula tireóide (defeito embrionário);
- Tireoidite de Hashimoto (doença auto-imune);
- Após cirurgias de retirada total ou parcial da tireóide;
A Tireoidite de Hashimoto é uma doença auto-imune, que atinge mais as mulheres, na qual o próprio organismo produz anticorpos contra a glândula tireóide, levando a uma inflamação crônica que pode acarretar o aumento de seu volume (bócio) e diminuição de seu funcionamento causando o hipotireoidismo.
Sintomas do Hipotireoidismo:
- Cansaço;
- Depressão;
- Pele ressecada e fria;
- Cabelos ásperos;
- Unhas quebradiças;
- Obstipação (constipação intestinal);
- Anemia;
- Fadiga e sonolência;
-Perda do apetite;
-Aumento de peso;
- Períodos de menstruação irregular ou ausente;
- Colesterol elevado.
O que pode ocorrer quando esta doença não é tratada?
-CORAÇÃO: Diminuição dos batimentos cardíacos;
-CÉREBRO: Dificuldade de concentração e depressão;
-APARELHO DIGESTIVO: Obstipação (constipação intestinal);
-MÚSCULOS: Fraqueza, dor e fadiga;
-RINS: Retenção de líquidos, levando à edema das pálpebras, principalmente pela manhã;
-FÍGADO: Diminuição do metabolismo do colesterol com aumento dos seus níveis sangüíneos;
-ÓRGÃOS REPRODUTIVOS: Alterações menstruais, abortos naturais e infertilidade;
-PELE E CABELO: Queda de cabelos, ressecamento da pele;
-OUTROS SINTOMAS: Apatia, reflexos lentos, ganho de peso ou dificuldade de perdê-lo e dores articulares.
Tratamento Nutricional:
É indispensável tratar o hipotireoidismo, pois a falta de tratamento, como vimos, pode ocasionar sérios danos para a sua saúde. Nos recém-nascidos (hipotireoidismo congênito), o tratamento imediato é crucial para prevenir o retardo mental, atraso no crescimento, deformações físicas e outras anormalidades importantes. Esta é a razão pela qual todos os recém-nascidos devem ser submetidos ao "Teste do Pezinho".
Alimentos que devem ser evitados:
- Soja: Se você está apresentando problemas de tireóide, uma das primeiras medidas úteis é cortar o uso de soja que por sinal, ela é utilizada em mais de 60% dos alimentos industrializados inclusive de salsicha, peito de peru e carne processada para hambúrgueres, seja na forma de proteína, óleo ou lecitina, por isso é muito importante olhar rótulos.
A soja possui grandes quantidades de substâncias antinutricionais como o ácido fítico, que se liga a importantíssimos minerais da alimentação, especialmente o zinco, cálcio e magnésio, impedindo sua absorção;
- Açúcar e Farináceos: O mecanismo de controle dos níveis de açúcar no sangue (glicemia) requer uma ação muito bem coordenada entre a insulina do pâncreas e outros hormônios de diversas glândulas, entre as quais as supra-renais e a tireóide.
Conforme o organismo vai sendo muito exigido por concentrações excessivas de açúcar, é possível uma quebra nesse mecanismo de controle das substâncias. Nessa situação, vários componentes desse mecanismo podem permanecer em constante estado de hiperatividade, resultando no desgaste e insuficiência de alguns deles, entre os quais a glândula tireóide.
- Algumas Verduras Cruas: Existem verduras que quando cruas contêm substâncias naturais chamadas glucosinatos, essas verduras são conhecidas como bociogenicas e podem interferir negativamente com a produção de hormônios da tireóide. Entre essas verduras estão o repolho, brócolis, couve-de-bruxelas, couve-flor e espinafre. Para neutralizar esse efeito potencialmente prejudicial à tireóide, basta cozinhar essas verduras, ligeiramente, no vapor, em água ou em sopas e só consumir essas verduras cruas ocasionalmente, pois somente quando cruas elas possuem importantes propriedades anti-câncer (por conta daqueles mesmos glucosinatos que são neutralizados pelo cozimento). A sabedoria está em não consumi-las cruas diariamente, mas sim ocasionalmente!!
O que deve ser feito?
- Comer peixes que além de serem ricos em ácidos graxos ômega-3, são excelentes fontes de iodo, fundamental para o funcionamento da glândula tireóide, além de minerais como o selênio e o magnésio;
- Minimizar o consumo de açúcar e farináceos;
- Consumir grãos, cereais e sementes integrais que fornecem glicose de forma lenta;
- Atividade física é indicado no tratamento do hipotireoidismo, principalmente pela dificuldade de perda e manutenção do peso;
Inclua no cardápio:
- Algas marinhas - spirulina, agar agar, clorela são algas imporantes para o metabolismo da tireóide.
- Água mineral - a água mineral não é clorada e por isso contém mais vitaminas e minerais. abaixo explico melhor sobre essa água clorada.
- Castanha do pará - contém selênio que turbinam sua tireóide. 2 unidades por dia já são suficientes.
- Quinua ou Amaranto - contém inúmeras vitaminas e minerais para a saúde da glândula, como zinco e ômega 3. Incluir no cardápio é certeza de bons resultados.
- Óleo de peixe - rico em ômega 3 é excelente e necessário para a função da tireóide.
- Água clorada - a nossa água é tratada com o cloro. O cloro compete com o iodo e acabamos consumindo excesso de cloro e falta de iodo, prejudicando o bom funcionamento da glândula. Não tome água clorada.
- Sucralose - o sucralose é um adoçante que tem cloro na composição e também capta iodo.
- Suco verde - o suco verde é maravilhoso (aquele que você faz com couve e toma para desintoxicar), no entanto, para quem tem problemas na tireóide, o suco verde pode atrapalhar. Não se deve tomá-lo todos os dias, pois vegetais crucíferos (couve, couve-de-bruxelas, brócolis, repolho) atrapalham o bom funcionamento da tireóide. Evite o excesso. Não precisa cortar da alimentação, o que não pode acontecer é o consumo diário. Isso acontece com vegetais crucíferos em sua forma crua. Na sua forma cozida, o glicosinolato perde a sua toxicidade para a tireóide, por assim dizer.
- Soja - alimentos à base de soja impedem o bom funcionamento da glândula. Fique atento e não consuma leite de soja todos os dias.
- Glúten - pesquisas têm demonstrado que o glúten também atrapalha esse bom funcionamento da glândula. O glúten é uma proteína presente no trigo, aveia, cevada, malte e centeio.
- Toxinas - as toxinas deixam a tireóide mais lenta. É necessário fazer exame laboratorial para ver como está o nível de mercúrio no sangue
- Estresse - excesso de cortisol pode atrapalhar também. Avalie seu nível de estresse pois é perigoso tratar a tireóide sem tratar o estresse. Existem alimentos que combatem esse cortisol elevado e para isso procure um nutricionista, pois é um tratamento sério.
Para obter exames completos para saber como está o funcionamento:
TSH
T4 livre
T3 livre
Anti-TPO (anticorpos contra a tireóide)
TRH
Urina 24h para o T3 livre (para o caso de difícil diagnóstico)
Procure sempre um profissional capacitado!
No tratamento nutricional do hipotireoidismo busca-se reduzir ou manter o peso, regular o funcionamento intestinal, evitar o aumento do colesterol LDL sanguíneo e reduzir o inchaço que são sintomas dessa doença.
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